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Dia desses me deparei com algo (quase...) inusitado nos dias atuais, no que se refere ao comportamento educado da nova geração.
Atos simples que deveriam ser procedimentos corriqueiros, e que nos dias de hoje transformaram-se em algo que se releva e que são enquadrados em atos louváveis aos olhos dos que observam regras comportamentais mínimas que denotam uma boa educação.
Com o advento do aumento da expectativa de vida do ser humano (que hoje, em média, está por volta dos 73 anos de idade), proliferaram campanhas e ações visando propiciar uma melhor qualidade de vida aos chamados “enquadrados na 3ª idade”. É bom frisar que, guardadas as devidas proporções, amiúde também se tem ventilado e aos poucos se tem realizado este tipo de ação também para os deficientes, dos menores considerados incapazes civilmente, dos marginalizados, dos injustiçados...
Em relação ao aumento crescente da expectativa de vida da população, cabe aqui comentar a diferença numérica existente em relação à épocas remotas. Conta-se, por exemplo, que Santa Mônica, genitora de Santo Agostinho, faleceu aos 55 anos e já era considerada anciã! Hoje, vemos mulheres em pleno apogeu de sua existência na faixa dos 50 aos 60 anos de idade!
Retomando ao assunto referido no inicio desta, como frequentador/usuário assíduo de transporte coletivo de uma forma geral (ônibus, metrô, trem...) tenho observado os cuidados que têm sido devotados àqueles segmentos da sociedade acima referidos.
Há algumas leis, dentre as quais algumas desde algum tempo promulgadas, e que não eram devidamente seguidas pela grande maioria daqueles que deveriam fazê-lo. Muitos são os exemplos dessas obrigações que deveriam ser seguidas, mas que eram (ou são...) ignoradas na maioria das vezes.
Como um primeiro exemplo, observemos o caso dos estacionamentos cedidos pelos grandes supermercados. Há, nos mesmos locais, sinalizados como para uso exclusivo de idosos e deficientes. Constantemente, vemos pessoas jovens e saudáveis ocupando estes locais reservados e, se porventura forem “abordados” por alguém que efetivamente deveria fazer uso do “privilégio”, nem sempre agem com boa educação ou com espírito de entendimento de seu “erro”.
Há alguns grandes supermercados que optaram por cercar com correntes estes locais reservados, mantendo um funcionário “de plantão” para coibir o uso por parte daqueles que não se enquadram nas condições necessárias e suficientes para sua utilização. Confesso, atabalhoado, que já presenciei eventos de áspera discussão entre o encarregado da liberação do espaço com pessoas que insistiam em ocupá-lo, mesmo sem enquadrar-se nos quesitos exigidos para fazê-lo!
Especificamente reportando-me ao que me deparei e que mencionei em meu preâmbulo, cito caso que ocorreu no interior de um transporte que utilizo frequentemente. Nestes ônibus existem bancos, cujos encostos diferem em sua cor dos demais bancos do coletivo, além de ter grafadas em letras garrafais nos vidros das janelas contíguas aos citados bancos os dizeres: ASSENTO RESERVADO ÀS GESTANTES, AOS IDOSOS, AOS DEFICIENTES E AS MULHERES CARREGANDO CRIANÇAS DE COLO.
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Nem é preciso dizer que, principalmente nos horários nos quais há uma maior incidência de passageiros, existe um tremendo desrespeito a estas normas prescritas. Jovens ocupam os lugares reservados enquanto pessoas que se enquadram nas condições estipuladas para seu uso permanecem em pé, executando verdadeiras manobras para não sofreram quedas com os solavancos originados pela viagem empreendida. E os jovens utilizam-se de vários artifícios para tentar eximir-se da condição de usurpadores que ocupam. Há os que “fingem” cochilar, há os que dialogam com seu colega (também usurpador...) que viaja ao seu lado, há os que fingem ler livros, cadernos, há os que fecham os olhos enquanto embalam-se ao som do seu walkman...
No dia referido, surpreendentemente, um jovenzinho que encontrava-se confortavelmente sentado em companhia de uma amiga em um dos bancos “reservados”, levantou-se e delicadamente ofereceu seu o lugar em que estivera sentado até então para uma idosa que encontrava-se “empastelada” no corredor apinhado do coletivo. A senhora, agradecida, acomodou-se no lugar que por direito lhe pertencia, enquanto o jovem ficou “espremido”, ocupando o lugar que lhe sobrou.
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A jovenzinha, companheira do jovenzinho (convém salientar que ambos portavam uniformes escolares de escolas municipais...) olhou para o “companheiro”, sorriso estampado no rosto, e vociferou:
--- Pô, meu! Se deu mal, hein?
Ao que o jovenzinho respondeu:
--- Sê vê, né? Nóis tem que dá lugá para os véio...
HICS
Oi Márcio
ResponderExcluirRealmente não se faz mais jovens como antigamente ... rs época que nao precisava de tantos salamaleques, tanta eloquência na mídia, nas propagandas , na quase imposição pra que se respeitasse os mais velhos.Era uma prática mais comum.
O rapazito certamente cedeu lugar a contra-gosto ,mas está precisando é estudar mais e empregar melhor os pronomes, verbos e afins rsrs
Não pude vir aqui ontem, como está zerado penso que foi-lhe roubado alguns comentários.
Lá no flor de lis a postagem de ontem está tambem zerada o que é inédito rsrs que chaaato !!
abraços
*Márcio, bom dia !!!
ResponderExcluir*Olha, a coisa é triste mesmo !!!
Como não tenho carro e dependo do ônibus para
trabalhar, sei bem como é estar EM PÉ no ônibus
enquanto os jovens, os adolescentes, os pré-
adolescentes vão confortavelmente sentados nos
bancos reservados para as pessoas portadoras
de algum tipo de deficiência e/ou para idosos
e/ou para gestantes e/ou para mulheres com
crianças de colo !!!
*Márcio, acredito que isso ocorre porque
esses mesmos jovens não tiveram uma BOA
educação !!! Os pais se preocuparam muito em
trabalhar e ganhar dinheiro e se esqueceram do
principal : EDUCAR OS PRÓPRIOS FILHOS !!!
*Sou professora numa escola pública do Estado
de São Paulo e sei BEM do que estou
afirmando !!! (*As crianças mais problemáticas,
geralmente, são as que não têm ATENÇÃO e CARINHO
de PAI e de MÃE !!! *Geralmente !!!).
*Márcio, tenhas um ótimo final de semana !
*Fiques com Deus.
*Um abraço.
Isso é um espetáculo de horrores dos mais lamentáveis. É tão comum que nem as pessoas que estão em volta desses acontecimentos se indignam em defesa do projudicado mais. A falta de educação parece estar virando regra. Outro dia eu presenciei uma cena dessas dentro da universidade e ainda por cima com um professor. Advertido pelo segurança por ter parado o carro numa vaga reservada ele simplesmente soltou aquela clássica? "você sabe com quem está falando?" Tive que me controlar muito para não partir para a ignorância com ele. Abraços. paz e bem.
ResponderExcluirPOIS É AS COISAS ESTÃO CADA DIA PIOR MESMO...NINGUEM RESPEITA NINGUEM E OS MAIS VELHOS HOJE SE TORNARAM ENTULHOS NA VIDA DOS JOVENS ..EU QUE TENHO 47 ANOS VEJO ALUNOS SE REFERINDO A NÓS COMO SE NOSSA VIDA JA ESTIVESSE ACABADA...SABE ELES ZOMBAM DA NOSSA EXPERIENCIA ..COITADOS MAL SABEM ELES QUE CAMINHAM A CADA DIA PRA ISSO..E QUE A DELES COM CERTEZA NÃO VAI SER COMO NOSSA VELHICE .. POR QUE NOS RESPEITAMOS NOSSOS MESTRES PAI E MÃE,TEMOS HISTORIAS BOAS PARA CONTAR AOS NOSSOS NETOS...E ELES ..ESSE PESSOAL QUE NÃO TEM EDUCAÇÃO, VIDA AMOR AS PESSOAS?? QUE VÃO FAZER NA VELHICE??CONTAR O QUE?E PRA QUEM?
ResponderExcluirA SEMENTE QUE VOCE PLANTA..SAI DO FRUTO QUE VOCE COLHE? NÃO É??
OLHA TENHO DOIS FILHOS E GRAÇAS A DEUS OS DOIS SÃO ENSINADOS A RESPEITAR OS MAIS VELHOS E COM 21,E 25 ANOS AI DELES SE NÃO RESPEITAREM E EU SOUBER
MUITO BOM SUA REFEXÃO ISSO INFELISMENTE E UMA COISA NORMAL.. PARA ESSA GERAÇÃO QUE SE SENTE TÃO SABICHONA E QUE NO FUNDO SABEM É DE NADA..QUER DIZER SABEM SIM ..DOS FUNKAS DA MODA E DAS MULHERES FRUTAS QUE CANTAM ...
BOA TARDE
OTILIA..
PS TEM QUE DEIXAR SEU NOME....PRA GENTE PODER FALAR ..SRSRSRS
MEU AMIGO, vim visitar esta CASA que te recebe, e olha menino esta tua crônica ficou excelente dentro de nossa realidade onde a desumanidade é gritante, parabéns e obrigada por me avisar que estarias por aqui eu não conhecia esta casa mas hoje vi que é um lugar de grandes talentos e você é um deles, boa sorte, beijos Luconi
ResponderExcluirPrezadíssimos!
ResponderExcluirMuitíssimo grato pelos comentários...
Depois de uma avaria que sofremos, perdendo alguns comentários iniciais que foram postados e graças à eficiência do competentíssimo administrador Marcio JR, foi resgatado o texto e novamente postado, dando vazão a que possamos dar sequência à mensagem um tanto quanto distêmica que quisemos passar.
Escuso-me junto à aqueles que me brindaram com seus comentários e que por razão alheia à nossa vontade os tiveram apagados! Tenha esperança que retornem por aqui e consigam reproduzir o que havia dito o que disseram na postagem anterior.
Infelizmente só me lembro (com certeza...) dos prezados JÃO e REJANE CHICA. Creio que a prezada Lis, presente por aqui novamente também o esteve nesta fatídica primeira vez...
Abçs...
Tudo de bom SEMPRE, fiquem com Deus SEMPRE e,..., até de repente!
Vemos cada uma que chega a nos "arrupiá", pra combinar com o linguajar desses que nem ao menos sabem respeitar...
ResponderExcluirFalta tudo mesmo, respeito, educação!
Linda crônica e voltei aqui com prazer. O problema pegou a nós todos, mas ainda bem voltou ao normal,não? abraços,chica
Já tive o desprazer de presenciar isso, mas foi no metrô em São Paulo, uma mulher grávida em pé e pessoas comuns sentados em seu lugar, ainda fingindo que dormiam. Não entendo onde está a consciência dessas pessoas.... Maravilhosa a crônica, HICS, uma tema excelente para ser falado. Fiquei um tempo para passar por aqui, quando abri e vi que seu texto havia sumido, não entendi nada... rsrs, ainda bem que o Márcio recuperou... Abraços
ResponderExcluirA postagem é super importante com certeza,ainda se ve jovens admiraveis,mas infelismente na minoria.
ResponderExcluirBeijos meu lindo
Só nos resta convidar os japoneses para ministrar aulas de respeito aos idosos. É vergonhoso o comportamento de determinadas pessoas. Um abraço meu amigo, excelente texto. zélia
ResponderExcluirCaríssimo, HICS, tua crônica retrata com perfeição a inversão de valores presente nos dias atuais. Agora você vê, o grau de falta de educação é tão alto que os dois estudantes citados em seu texto, ainda se deram ao luxo de fazer piadinhas. É aquela velha e boa história: "educação vem de berço", e neste caso o berço devia estar mais para lá do que para cá já no dia em que foi montado. Infelizmente, pessoas educadas hoje em dia, são bens raros de se encontrar, quiçá adolescentes. Parabéns pelo texto! Irretocável!
ResponderExcluirBeijo no coração.
Muito bom, estou por aqui... Abraço!
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