11/01/2011

CAMPANHAS EDUCATIVAS

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Faz muito tempo que ouço essa expressão “campanha educativa”. Mas também faz muito tempo que acho esse tipo de coisa a maior perda de tempo e de dinheiro público. Não pretendo discutir o mérito da questão, mas sim a efetividade dessas campanhas.
Sempre que alguma nova lei entra em vigor, principalmente as que mexem diretamente com a população nas ruas, assim como questões de trânsito, lá vem o governo fazer suas campanhas para incorporar o povo à nova lei, ou talvez seja o contrário, mas é tudo uma questão de ponto de vista. A intenção até seria boa, se não fosse o pouco caso com que tudo é tratado após a dita campanha.
Como citei as leis de trânsito para exemplificar, continuemos nessa linha. Várias barreiras são montadas por todos os cantos, veículos são parados e motoristas abordados. É repassado todo um conteúdo instrutivo, assim como recomendações e coisas do gênero ao motorista. Ele é liberado, mesmo com alguma irregularidade no veículo e pronto. Mas, e depois? Digo, após a campanha ser encerrada? Alguém arrisca um palpite? Nem precisa, não é, pois após a dita campanha ser encerrada, é como se a nova lei fosse esquecida. Sequer um policial se encontra pelas rodovias para fiscalizar a tal lei.
Lembro bem do gasto que tive com uma lei ridícula e que só serviu para encher as burras de alguns empresários. Obrigaram o povo a adquirir estojos de primeiros-socorros para portar no veículo. O tal estojo era tão simples, que sequer um curativo na ponta do dedo ele supriria, quiçá então atender a socorros um pouco maiores. O resultado disso? A tal campanha educativa foi feita e, logo após, a lei foi revogada. Outra questão é a fiscalização sobre motoristas alcoolizados. Presenciei várias campanhas educativas sobre este assunto, assim como também vi muitos motoristas sendo presos logo após isso, mas, cadê a fiscalização agora? Acabou? A lei, pelo que sei não foi revogada.
Se for para seguir essa linha, onde após as campanhas educativas as fiscalizações simplesmente acabam, então que nem sejam feitas as tais campanhas. E a maior parcela da população, sabendo disso, se aproveita e sequer liga se as leis existem ou não. Estado omisso para uma grande parcela do povo que não é muito dado a respeitar a constituição. Leis foram feitas para serem cumpridas, e não para enfeitar a Carta Magna. E se, por acaso, o comando do Estado não se sente apto para exigir e fiscalizar o cumprimento dessas leis, então que se retire e de lugar para pessoas mais competentes para tal.
Vivemos numa insegurança completa, sem estrutura na saúde, com a educação pública numa descendente, e falo num sentido bem amplo, pois até os prédios escolares estão literalmente ruindo. Mas as leis existem e são consideradas de primeiro mundo. Só que de nada adianta ter leis memoráveis, se não há a execução delas. Enquanto isso, o Executivo brinca de governar, o Legislativo vive engavetando propostas de leis para fingir que trabalha, e o Judiciário tá por aí, exatamente como a estátua que o representa, ou seja, completamente cego e sem rumo. Mas as campanhas educativas continuam sendo feitas.
No entanto, cego mesmo é o povo, que ainda aceita calado os tapas na cara que tem levado ao longo do tempo. Um dia, ele acorda, nem que seja quando roubarem suas cobertas e ele esteja morrendo de frio. Tomara que não seja tarde demais.

MARCIO JR

09/01/2011

A MAGIA DA PALAVRA


Nasce aqui, o blog ARENA DAS CRÔNICAS. E, muito mais do que publicar textos de autores variados, este projeto visa buscar a variedade de opiniões de um grupo seleto e colocá-las para discussão pública.

A melhor palavra para definir este blog seria DIVERSIDADE, seja de idade, cor, credo, formação, opinião, e toda e qualquer outra que se apresente. Não há aqui nenhum cronista profissional, mas sim aquele que aprende observando, vivendo, vendo e, principalmente, sendo sensível aos problemas que rodeiam a todos.

Assuntos a serem tratados? Todos.

Seja bem-vindo. Opine. Aqui, não existem “donos da verdade”, mas pessoas ávidas pelo diálogo e com uma vontade enorme de aprender sempre mais. A palavra foi feita para ser dita e escrita, então, vamos aproveitá-la da melhor forma possível.

Marcio JR